Homenagem a Christopher Johnson McCandless!
Primeiramente, um ser que poucos conseguiram interpretar, pois requer extrema compreensão de mundo real e abstrato, tangível e intangível, fabuloso e perverso, macro e micro, verdadeiro ou mentiroso, e assim por diante. Rapaz de família rica, aparentemente próspera e harmônica, porém sua família cometia atrocidades e perversidades com seus dois filhos. Tudo pela cegueira do lucro, pois seus negócios iam bem e cada vez mais os valores humanos sendo esmagados. Não agüentando mais essa situação de falsa segurança, hipocrisia, excesso de materialismo e valores deturpadores desta sociedade, Christopher rompe totalmente com ela e sai com seu carro e poucos dólares na carteira, até que realmente rompe de vez, pois enfrentou uma avalanche e seu carro ficou subterrado e aproveitou para queimar os últimos dólares, sim eu disse: queimar, pois realmente o dinheiro não o traria nada de bom e seu excesso tinha sido uma das causas dessa sociedade doente e podre que estava ao seu redor. Ele precisava de um nome e batizou-se de Alexander Supertramp. Daí veio o nome do blog, que no fundo expressa valores compatíveis entre mim e ele. Não consegui romper, ainda, totalmente com esta sociedade podre, suja, perversa e irracional, salvo poucos humanos. Porém o processo está em evolução exponencial de tal forma que tenho chocado estes moribundos e podres humanos, pois acabo de romper diversas barreiras que me dão a verdadeira concepção do que é felicidade, do que é real, e isto vem a impactar esta sociedade Standard, onde quem se distingue é apontado na primeira esquina. Tenho buscado a sabedoria em livros e utilizando meios produzidos por este modelo, porém os utilizo contra o modelo, esta que é a falha do essencial do capitalismo, e com isso tenho me sentido pleno e virtuoso. Não acredito no real e sim num futuro como concepção, mas baseada na esperança. E parafrasear Jean Paul Sartre neste momento é obrigatório
: “É preciso explicar por que o mundo hoje, que é horrível, é apenas um momento do longo desenvolvimento histórico, e que a esperança sempre foi uma das forças dominantes das revoluções e das insurreições. Eu ainda sinto a esperança como minha concepção de futuro”. (Jean Paul Sartre, 1963. Prefácio de "Os Condenados da Terra", de Frantz Fanon).. Isto retrata o que sinto. Grande parte das pessoas ainda não me compreendeu, pois isso requer admitir uma verdade que é inconveniente e que é facilmente aceitável, pois é muito mais fácil julgar quem é racional dentro de uma massa hegemônica irracional do que admitir a própria morte como ser humano, pois nunca serão livres. Citarei Hermann Hesse em Demian: "A ave sai do ovo. O ovo é o mundo. Quem quiser nascer tem que destruir um mundo. A ave voa para Deus. E o deus se chama Abraxas". Isto vem sendo perdido e reproduzido. Esse encantamento que é a reflexão, o pensamento, as atitudes morais e, sobretudo, as atitudes humanas. Compreendo que nunca houve civilidade ou humanidade neste mundo, pois os humanos precisam sempre subjugar. Negros, homossexuais, judeus, mulheres e animais. Sim não posso deixar de expor esse holocausto, logo os humanos dizem: “Os animais não são como nós, eles fazem parte da cadeia e nós estamos no topo desta, e justamente por isso podemos comê-los” e depois dizem: “Fazemos testes em animais, pois eles têm formação genética similar a nossa”. Opa! Aí se instala a contradição lógica. Este mundo está cheio de contradições, pois quando o capitalismo se instala no mundo, logo a contradição vem.
Não tive a disciplina de organizar, pois foi algo que expressei de forma expurgada.
"Há dois anos ele caminha. Sem telefone, piscina, carros nem cigarro. A liberdade máxima.
Um extremista. Um viajante esteta cujo lar é a estrada. E agora, depois de dois anos errando, vem a última e maior aventura.
A batalha culminante para matar o falso ser interiore concluir com vitória a revolução espiritual" (Christopher Johnson McCandless, May 1992).