sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Por que comer frutas?
Viver mais sem explorar as pessoas, amar verdadeiramente, justiça, beleza, paz, serenidade, seriedade e aplicação de tudo que você soube e adquiriu até hoje. Comer frutas não é somente o alimento ideal como é uma atitude revolucionária, genuinamente revolucionária. Você escarra na indústria que oferece morte, ganância, arrogânica, exploração, impureza e outros malefícios de seus produtos. Você não compra as besteiras e futilidades que esse modelo de produção lhe oferece. Você percebe a fartura que nos envolve! Dar mais valor ao mundo é outro aspecto. Nós vivemos na abundância porque somos simples. Enquanto os que querem provar a abundância sem atitudes / alimentação simples acabam degustando a escassez material, espiritual, sentimental e moral. Tornam-se subprodutos, subumanos e subtraídos da própria dignidade, moral e princípios.
Comer frutas envolve todo o conhecimento de antropologia, filosofia, sociologia, medicina e por aí vai ...
Abraços,
Pituca.
Obs.: Expurguei o pensamento. Ignorem possíveis erros de português.
domingo, 21 de novembro de 2010
As lágrimas das quatro horas!
Saí as quatro para o trabalho
Raro acordar esta hora,
Mas é sábado e vai começar a feira.
Deparo-me com a cidade pouco movimentada,
Porém para este horário nada anormal!
Filhos de burgueses e poletários dividem o mesmo espaço
Vejo o sofrimento da classe operária na minha frente,
Identifico-me com eles, afinal são quatro da matina,
e estou indo para o trabalho.
Vejo filhos de burgueses embriagados pela rua,
Não sabem o que é o trabalho duro,
Acordarão meio-dia e terão o que comer,
Na certa pouco sabem sobre comida.
Difícil a pessoa voltando bêbada de uma noite interia
acordada saber o verdadeiro valor do sono e da saúde.
Tinha acabado de ler Jack London:
O mesmo abismo social que ele viu,
eu também vi.
Mas ele pensou em trabalhar com cérebro
Sua intenção era vender sua inteligência.
Vou usar meu cérebro
Mas não para vendê-lo,
e sim para destruir essa desigualdade.
Tirar das mãos da burguesia o poder, o dinheiro e
a pseudo-intelectualidade.
(Pituca).
Raro acordar esta hora,
Mas é sábado e vai começar a feira.
Deparo-me com a cidade pouco movimentada,
Porém para este horário nada anormal!
Filhos de burgueses e poletários dividem o mesmo espaço
Vejo o sofrimento da classe operária na minha frente,
Identifico-me com eles, afinal são quatro da matina,
e estou indo para o trabalho.
Vejo filhos de burgueses embriagados pela rua,
Não sabem o que é o trabalho duro,
Acordarão meio-dia e terão o que comer,
Na certa pouco sabem sobre comida.
Difícil a pessoa voltando bêbada de uma noite interia
acordada saber o verdadeiro valor do sono e da saúde.
Tinha acabado de ler Jack London:
O mesmo abismo social que ele viu,
eu também vi.
Mas ele pensou em trabalhar com cérebro
Sua intenção era vender sua inteligência.
Vou usar meu cérebro
Mas não para vendê-lo,
e sim para destruir essa desigualdade.
Tirar das mãos da burguesia o poder, o dinheiro e
a pseudo-intelectualidade.
(Pituca).
sábado, 20 de novembro de 2010
Para Rah!
Girl From The North Country
(Bob Dylan)
Well, if you're travelin' in the north country fair,
Where the winds hit heavy on the borderline,
Remember me to one who lives there.
She once was a true love of mine.
Well, if you go when the snowflakes storm,
When the rivers freeze and summer ends,
Please see if she's wearing a coat so warm,
To keep her from the howlin' winds.
Please see for me if her hair hangs long,
If it rolls and flows all down her breast.
Please see for me if her hair hangs long,
That's the way I remember her best.
I'm a-wonderin' if she remembers me at all.
Many times I've often prayed
In the darkness of my night,
In the brightness of my day.
So if you're travelin' in the north country fair,
Where the winds hit heavy on the borderline,
Remember me to one who lives there.
She once was a true love of mine.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Amizade!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Como me tornei socialista.
"Posso dizer que me tomei socialista de modo muito semelhante ao dos pagãos teutônicos quando tomaram-se cristãos - isto é, a marteladas. Não somente eu não buscava o socialismo na época da minha conversão, como estava mesmo em guerra com ele. Eu era jovem e inexperiente, não sabia nada de coisa alguma e, embora jamais tivesse ouvido falar de uma escola de nome "Individualismo", eu entoava o hino dos fortes com todo o sangue do meu coração. Mas isso porque eu era realmente forte.
Quando digo forte estou dizendo que tinha boa saúde e uma musculatura rija, possessões que são, ambas, facilmente superestimadas. Minha infância foi passada em fazendas da Califómia, minha adolescência entregando jornais nas ruas de uma próspera cidade da costa oeste e finalmente minha juventude nas águas saturadas de ozônio da Baía de São Francisco e do Oceano Pacífico. Adorava a vida ao ar livre e trabalhava sob céu descoberto nas mais árduas tarefas. Sem aprender nenhum ofício, apenas saltando de emprego em emprego, eu olhava o mundo e abençoava cada pedacinho seu.
É bom deixar claro que todo esse entusiasmo era devido ao fato de ser forte e saudável, não importunado por dores nem por fraquezas, nunca preterido pelo patrão por não ter uma aparência apropriada, sempre capaz de conseguir um emprego nas minas de carvão, nos mares ou em trabalhos manuais de qualquer espécie. Por tudo isso, exultante em minha juventude, capaz de me sair bem em qualquer emprego e qualquer briga, eu era um individualista desenfreado. O que é muito natural. Eu era um vencedor. A partir daí passei a chamar este jogo, onde quer que visse ou onde quer que pensasse que o visse jogado, de um jogo bastante apropriado para HOMENS. Ser um HOMEM era escrever em meu coração a palavra homem com letras maiúsculas. Arriscar-me como um homem, lutar como um homem, fazer o trabalho de um homem (mesmo que sob o salário de um garoto) - essas eram coisas que me tocavam e me mantinham vivo como nenhuma outra.
Eu vislumbrava à minha frente o panorama deslumbrante de um infinito e tranqüilo futuro, no qual, representando aquele que eu acreditava ser o jogo do HOMEM, eu continuaria a viajar sempre com uma saúde inquebrantável e transpondo todos os obstáculos com os músculos sempre novos. Esse futuro, como estou dizendo, era infinito. Só conseguia-me ver zanzando vida afora como uma das feras selvagens de Nietszche, espreguiçando-se amorosamente e conquistando tudo através da superioridade e da força.
Quanto aos desventurados, aos fracos e doentes, velhos e aleijados, devo confessar que raramente pensava neles, exceto indistintamente quando sentia, às vezes, que, deixando de lado os imprevistos, eles podiam ser tão bons quanto eu e trabalhar igualmente tão bem, se eles realmente o desejassem. Imprevistos? Bem, eles representavam o DESTINO, também escrito com letras maiúsculas, e não havia modo de se escapar do DESTINO. Napoleão tinha sofrido um acidente em Waterloo, mas isso não acabava com o meu desejo de tomar-me um tardio Napoleão.
Além do mais, o otimismo, gerado num estômago que podia digerir até farpas de ferro moído e em um corpo que florescia mesmo nas piores condições, não me permitia considerar os acidentes como algo sequer de longe relacionado à minha gloriosa personalidade. Espero ter deixado bem claro que me sentia profundamente orgulhoso de ser um dos nobres cavaleiros alados da Natureza. A dignidade do trabalho tomara-se para mim o fato que maior impressão me causava no mundo. Sem ter lido Kipling ou Carlyle, eu arquitetava evangelhos de trabalho que varriam os deles para as sombras. O trabalho era tudo. Purificação e salvação. O orgulho que significava para mim um dia inteiro de trabalho árduo seria inconcebível para você. É quase inconcebível para mim mesmo quando volto os olhos para trás e penso no assunto. Eu era um escravo fiel do salário através do qual o capitalista me explorava.
Esquivar-me ou ludibriar o homem que me pagava o salário era um pecado, antes de tudo, contra mim e, em segundo lugar, contra ele. Para mim era um crime que vinha logo atrás de traição, mas tão ruim quanto. Em suma, meu alegre individualismo era dominado pela ética da elite ortodoxa. Eu lia os jornais da elite, assistia aos oradores da elite e urrava às tremendas superficialidades dos políticos de elite. Não duvido de que, se outros acontecimentos não tivessem influenciado o curso da minha vida, eu me teria transformado num fura-greves profissional e com minha cabeça e força de trabalho esmagadas definitivamente por um porrete nas mãos de algum militante sindical.
Exatamente nessa época, após uma viagem de sete meses junto aos mastros de um navio, com dezoito anos recém-completos, entrou em minha cabeça a idéia de experimentar a vida de vagabundo. Por estradas e vagões fechados eu abri caminho, a duras penas, desde o vasto Oeste onde os homens saltavam pelos campos e os empregos caçavam os homens, até os centros congestionados do Leste, onde os homens não eram senão pequeninas batatas lutando por seus empregos com toda a força que possuíam. E nesta nova aventura selvagem me descobri encarando a vida de um ângulo inteiramente novo e diferente.
Tinha escorregado do proletariado para aquilo a que os sociólogos têm mania de se referir como a "porção submersa", e fiquei perplexo ao descobrir como essa "porção submersa" era recrutada. Lá me deparei com todas as espécies de homens, muitos dos quais já haviam sido, urna vez, tão aptos, ousados e aventureiros quanto eu; homens do mar, homens das armas, trabalhadores, todos exaustos, comidos e desfigurados pelos esforços, asperezas e acidentes imprevistos, agora deixados de lado por seus senhores como velhos cavalos. Eu me arrastei pelas ruas e mendiguei nas portas dos fundos das casas junto com eles, sentindo os mesmos calafrios em vagões e parques da cidade, ouvindo aqui e ali histórias de vidas que tinham começado tão auspiciosas quanto a minha, com estômagos e corpos tão bons ou talvez até mais fortes que os meus e que findavam ali, ante os meus olhos, na destruição do Abismo Social.
E enquanto ouvia essas histórias meu cérebro começava a martelar. A mulher da rua e o homem das sarjetas aproximaram-se de mim.
Eu vi a imagem do Abismo Social tão vivo e claro como se fosse uma coisa concreta, e no fundo do Abismo então eu os vi e, só um pouco acima, eu próprio, agarrando-me às paredes escorregadias com todo o suor e a força de minhas unhas. E confesso que um pavor se apoderou de mim. O que aconteceria quando minhas forças faltassem? Quando fosse incapaz de trabalhar ombro a ombro com os homens mais fortes que, em comparação, eram como bebês ainda mal nascidos? E uma vez ou outra eu pronunciava um solene juramento. Algo mais ou menos assim: Todos os meus dias trabalhei até a exaustão com meu corpo e apesar do número de dias que trabalhei, e até por isso mesmo, estou cada vez mais perto do fundo do Abismo. Eu vou sair desse Abismo, mas não com os músculos do meu colpo. Não vou nunca mais trabalhar como trabalhei e que Deus me fulmine se um dia eu der de mim mais do que o meu corpo pode dar: Desde então ando ocupado em escapar de qualquer trabalho duro.
Uma vez, enquanto percorria umas 10 mil milhas dos Estados Unidos e Canadá, parei na cidade de Niagara Falls, fui capturado por um policia-à-cata-de-subomos, privado do direito de me declarar culpado ou inocente, sentenciado de uma hora para outra a trinta dias de prisão por não ter residência fixa, tampouco algum meio visível de sustento, algemado e acorrentado junto com um grupo de homens em circunstâncias similares, levado país abaixo até Buffalo, registrado na Penitenciária de Erie, o cabelo e o bigode raspados a zero, vestido com as roupas listradas de um condenado, compulsoriamente vacinado por um estudante de medicina que praticava em pessoas tais como nós, obrigado a marchar em bloco e a trabalhar sob as vistas de guardas armados com rifles e carabinas -tudo isso por aventurar-me um pouco como uma das feras selvagens.
Quanto a maiores detalhes esta testemunha declara-se muda, embora se possa desconfiar que o seu exultante patriotismo tenha-se evaporado um pouco e vazado por alguma fresta no fundo de sua alma pelo menos, desde que passou por essa experiência, ele já se deu conta de que se interessa muito mais por homens, mulheres e crianças do que por fronteiras geográficas imaginárias. Mas para voltar à minha conversão. Creio que ficou evidente que o meu individualismo feroz foi eficazmente expulso de mim e que alguma outra coisa foi, tão ardorosamente quanto, introduzida. Assim como tinha sido um individualista sem sabê-lo, eu era agora um socialista sem sabê-Io, ou seja, um socialista nada científico. Tinha renascido, mas não ainda rebatizado, e estava dando voltas para descobrir que espécie de coisa eu era. Voltei para a Califórnia e abri os livros. Não me lembro quais foram os primeiros.
De qualquer modo, pouco importa. Eu era isso, o que quer que isso fosse, e através dos livros descobri que isso era um socialista. Desde esse dia já abri muitos livros, mas nenhum argumento econômico, nenhuma lúcida análise acerca da lógica e da inevitabilidade do socialismo me deixa tão profunda e convincentemente tocado quanto aquele dia em que pela primeira vez vi as paredes do Abismo Social fecharem-se ao meu redor e me senti escorregando para baixo, para baixo, para os destroços do fundo".
(Jack London).
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Ele é o poderoso! Por isso ganhará seu nome em meu braço!
“É manhã quando acordo e há em mim um amanhecer. Disciplina moral é o esforço para abandonar o sono. Por que razão darão os homens conta do seu dia tão mal se não estiverem a dormir antes? Não é que não saibam contar. Se não estivessem vencido pela modorra, teriam realizado alguma coisa. Milhões estão despertos para o trabalho físico, mas apenas um em cada milhão está suficientemente desperto para o efetivo trabalho exercício intelectual, e apenas um em cada cem milhões para a vida poética e divina. Estar acordado é estar vivo. Até agora nunca encontrei um homem inteiramente acordado. Como poderia eu tê-lo encarado?”. (Henry David Thoreau in "Walden" Pág. 107 linha 16).
A paixão do socialismo. (Jack London).
"Então, voltei à classe operária, na qual havia nascido e à qual pertencia. Não me preocupava mais em subir. O imponente edifício da sociedade não guarda delícias para mim acima de minha cabeça. São os alicerces do edifício que me interessam. Lá, eu estou contente de trabalhar, de ferramenta na mão, ombro a ombro com intelectuais, idealistas e operários com consciência de classe, reunindo uma força sólida agora para mais uma vez pôr o edifício inteiro a balançar. Algum dia, quando tivermos poucas mão e alavancas a mais para trabalhar, vamos derrubá-lo, com toda sua vida em putrefação e sua morte insepulta, seu egoísmo monstruoso e seu materialismo estúpido. Então vamos limpar os porões e construir uma nova moradia para a espécie humana, onde não haverá andar de luxo, na qual todos os quartos serão claros e arejados, e onde o ar para respirar será limpo, nobre e vivo." (Jack London in "A paixão do socialismo").
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Higiene Natural.
"Desde tempos imemoriais, o homem tem buscado um salvador; e enquanto não procura por um salvador, ele busca uma cura. Ele acredita no paternalismo. Busca conseguir algo a troco de nada, não sabendo que o mais alto preço que pagamos por qualquer coisa é tê-la dada a nós de graça. Ao invés de aceitar a salvação, é melhor merecê-la. Ao invés de comprá-la, implorar por ela, ou roubar a cura, é melhor parar de construir a doença. A doença é criada pelo próprio homem, e uma coisa pior que a estupidez de acreditar que se possa comprar uma cura é manter-se ignorante ao ponto de acreditar em curas. A falsa teoria da salvação e curas transformou o homem em um mendigo mental, aonde ele deveria ser o árbitro de sua própria salvação, e certamente seu próprio médico, ao invés de escravo de uma profissão que não conseguiu encontrar sua própria salvação de contrair doenças ou descobriu uma única cura em todo este longo período de existência humana na terra".
(Dr. J Tilden. Tradução Eduardo Corassa).
(Dr. J Tilden. Tradução Eduardo Corassa).
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