quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
A fábrica de perversidade.
Não é possível que este modo de vida seja o mais racional. Por que há tanta perversidade neste mundo? Por que esta naturalização da miséria em todas as suas formas? A minha presença tem ficado cada vez mais inquietante e insustentável neste mundo que produz escassez, em todos os sentidos da palavra. Escassez moral, intelectual e espiritual. Esse modelo consumista e competitivo vai levar ao fim da vida humana na terra e antes disso estamos aniquilando todas as outras espécies. Esse consumismo e competitividade em estado puro tem levado ao emagrecimento moral e intelectual das pessoas, estes fatores que vêm reduzindo a tal ponto que as pessoas não possuem mais personalidade. Estão sendo guiadas por vozes alheias que ditam o que deve ser feito e o que não deve ser feito. Esta compulsoriedade vem a formar a padronização de vidas, pensamentos, atitudes e objetos. O que vemos é cada vez mais a padronização das espécies. Quando digo espécies, refiro-me aos organismos vivos. E quem é o grande emoliente desta situação? O consumismo. Este é também o grande responsável pela produção e encorajamento do imobilismo. As pessoas estão com vazios irreparáveis dentro de si e tem como objetivo final de vida o que? O dinheiro em seu estado puro, sem analisar as suas origens e esta visão coisicista do mundo tem deixado de lado o tema mais importante a ser debatido: O homem. E qual o assunto da pauta? O dinheiro. Vivemos numa dupla tirania, a do dinheiro e a da informação, concomitantemente. Informação esta que seu fundamentalismo é a produção imaginária, esta que é baseada no império do dinheiro. O dinheiro vem modulando a vida social e pessoal de forma perversa. Onde se instala o dinheiro em seu estado puro, alastra-se e aprofunda-se males espirituais e morais, como os egoísmos, os cinismos e a corrupção.Instalam-se crises! Crise estrutural, e por isso seus instrumentos paliativos são descartáveis, ou seja, quando não há solução estrutural a tendência é que mais crises venham. A situalção contemporânea está insustentável, pois, esta produz: Aceleração e artificialidade das necessidades; uma incorporação limitada de modos de vida ditos racionais e uma produção ilimitada de escassez e carência. Mas ainda tenho esperança e citarei Jean Paul Sartre:
" É preciso explicar por que o mundo hoje, que é horrível, é apenas um momento do longo desenvolvimento histórico, e que a esperança sempre foi uma das forças dominantes das revoluções e das insurreições. Eu ainda sinto a esperança como minha concepção de futuro". (Jean Paul Sartre, 1963. Prefácio de "Os Condenados da Terra", de Frantz Fanon).
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A FÁBRICA
ResponderExcluirDE FAZER MISERÁVEIS EM SÉRIE.
DEPOIS DO ADVENTO DA TELE(GUIADOS), VISAO... OS SERES"HUMANOS", BUSCANDO O ILUSÓRIO, A ALIENAÇAO, A FUGA DO MERGULHO EM SI, SUAS MAZELAS, PARA EMERGIR DEPOIS EM BELEZA, CRIARAM E CRIAM SEM CESSAR, FORMAS DE SE ALIENAR: DROGAS, CONFORTO, CADA VEZ MAIS EM DOSES ABSURDAS... AS DOENÇAS EMOCIONAIS CRESCEM E TOMA-SE PÍLULAS, CERCAM-SE DE RUÍDOS ENSURDECEDORES, DORES.... PARA ABAFAR DORES ANCESTRAIS. ESTAMOS VIVENDO A MAIOR E MAIS SÉRIA CRISE DE SUPERFICIALIDADE DESSA ERA. MAS QUANDO O CAOS SE INTALA, TUDO ... VALORES COMEÇAM A SER REVISTOS, FORÇOSAMENTE, PELA DOR. DOR PROFUNDA, LEVANDO O SUJEITO A SAIR DA INÉRCIA , DO NAO REFLETIR, DO SER LEVADO COMO GADO POR INTERESSES DE GRANDES CORPORAÇOES, QUE "ELE" MESMO CRIOU. PARA ABAFAR A DOR DO VIVER.. É UM PARADOXO, OIS ANTES, DA ERA INDUSTRIAL VIVÍAMOS DE FORMA MAIS SIMPLES, PORÉM OS VALORES PREENCHIAM UM POUCO MAIS: MAIS TRABALHO, MAIS DOENÇAS, MAS, AS RELAÇOES ERAM CONSTRUÍDAS COM CUIDADO, RESPEITO, HAVIA HONRADEZ, CONFIANÇA... CONTRATOS ERAM FEITOS Á BASE DA PALAVRA1 O MILHO ERA PISADO O CAFÉ, TORRADO EM CASA(PRODUZIDO EM CASA), NO QUINTAL, TÍNHAMOS QUASE TUDO, E ERA MUITO SIMPLES A ALIMENTAÇAO(O IDEAL0 E OS PRAZERES, SINGELOS. CRINCADEIRA DE RODA, CONVERSA D COMADRES INDO PARA O RIO LAVAR ROUPA, E PREENCHIAMOS O BURACO EXISTENCIAL, EM REUNIOES EM CASA, CADA UM TRAZIA ALGO. RIOS CORRIAM PELAS RUAS, APÓS AS CHUVAS NA ÉPOCA CERTA... HOJE, ASFALTADAS, POLUÍDAS, ULTRAJADAS, AS CIDADES EXALA VAPORES DE MEDO, DESAMOR, MISÉRIA DE TODA ESPÉCIE. A FOME CONTINUARÁ, ENQUANTO ESTIVEREM BUSCANDO SOLUÇOES MÁGICAS, ENQUANTO PENSAREM QUE A CULPA DA MISÉRIA É DO OUTRO, ENQUANTO NAO DERMOS O MERGULHO FATAL DENTRO , BUSCANDO DENTRO, O PODER DE MUDAR A SI, COMEÇANDO AOS POUCOS,RESPEITANDO O CORPO, ALIMENTANDO-SE SEM CADÁVERES QUE PARA SEREM CONSUMIDOS, DESTITUEM A TANTOS OUTROS O RIREITO DE PLANTAR E NUTRIR-SE. A FOME DO MUNDO É DE ÉTICA, MORAL, MAS SOBRETUDO, ESSENCIALMENTE, CORAGEM PARA SE REFAZER, SE REVER, RESSIGNIFICAR O LEGADO PREDATÓRIO QUE OS QUE TROUXERAM AS "FACILIDADES", USURPADORAS DAS FORMAS MAIS SIMPLES, MAIS PREENCHEDORAS DE OUTRORA..........